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Dificuldades sexuais: o que o corpo revela sobre o inconsciente

O corpo pede escuta   

   Dificuldades sexuais — como ausência de desejo, dificuldades de ereção, dor na relação, falta de prazer ou excitação — são vivências mais comuns do que se costuma imaginar. Apesar disso, muitas pessoas sofrem em silêncio, sentindo-se envergonhadas, frustradas ou até mesmo culpadas. A psicanálise oferece um espaço para que esses impasses possam ser escutados com seriedade e sem julgamento.

A sexualidade como território psíquico

  Na psicanálise, entendemos que a sexualidade não se resume a um funcionamento biológico ou técnico. Ela é um campo profundamente atravessado pela história do sujeito: pelas experiências infantis, pelos afetos, pelos traumas, pelas proibições internas e pelo modo como cada um se relaciona com o prazer, o desejo e o próprio corpo.

   Por isso, dificuldades na vida sexual muitas vezes têm origem em conflitos inconscientes que não são imediatamente visíveis. O sintoma — seja ele físico ou emocional — pode surgir como um modo de expressar algo que não pôde ser dito, algo que não encontra ainda um lugar simbólico para ser elaborado.

O desejo não se comanda

   Um dos grandes equívocos em torno da sexualidade é a ideia de que o desejo pode ser controlado como se fosse uma função qualquer. Mas o desejo é caprichoso, e sua lógica é inconsciente. Ele escapa às expectativas, às cobranças e até mesmo à vontade. Muitas dificuldades surgem justamente quando o sujeito se sente obrigado a corresponder a ideais de desempenho, normalidade ou satisfação que não levam em conta a sua própria história e singularidade.

Quando o sintoma protege

   Em muitos casos, o sintoma sexual aparece como uma forma de proteção psíquica. Ele impede algo que, em algum nível, é vivido como perigoso ou ameaçador. A impotência, por exemplo, pode estar a serviço de evitar um encontro íntimo que evoca angústias profundas. A dor na relação pode ser uma forma inconsciente de colocar um limite diante de experiências que tocam em zonas de vulnerabilidade emocional.

   O trabalho analítico cria um espaço onde é possível escutar o que está em jogo nessas dificuldades. Não se trata de “consertar” o corpo ou eliminar o sintoma a qualquer custo, mas de compreender o que ele está dizendo. Muitas vezes, quando o sintoma é escutado em sua complexidade, ele perde força — não por imposição, mas porque encontra outras formas de se expressar simbolicamente.

Um caminho possível

   Se você passa por dificuldades na sua vida sexual, saiba que esse sofrimento merece ser escutado com cuidado. A psicanálise não oferece fórmulas prontas, mas oferece algo precioso: um espaço onde é possível falar sem medo, reconstruir o vínculo com o próprio desejo e, aos poucos, abrir caminhos para uma relação mais livre e viva com a sexualidade.

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Livia Bartolomei terapia psicóloga 5

Lívia Bartolomei

Lívia Bartolomei é mestre em psicologia clínica e tem 13 anos de experiência na área.

É membro efetivo da Ordem dos Psicólogos Portugueses, e membro do Conselho Federal de Psicologia do Brasil. Possui certificação Europsy (European Certificate in Psychology) concedido pela EFPA (European Federation of Psychologists’ Associations).

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